Saber quais são os custos do transporte rodoviário é essencial para realizar as tarefas logísticas com precisão, como calcular as despesas das operações, definir o preço ideal dos fretes e realizar uma gestão estratégica baseada em dados autênticos.
O deslocamento pela rodovia é intenso, mas devido às condições precárias das estradas, o custo pode prejudicar cerca da metade do orçamento das atividades de carga e descarga. Logo, é necessário cuidar desse parâmetro financeiro para garantir competitividade no processo.
Se você tem interesse por esse tema e quer levantar todos os custos do transporte de cargas, continue lendo este conteúdo.
Custos relacionados à segurança das operações
Envolve as despesas relacionadas à gestão de riscos de acidentes, danos, perdas e roubos. É dividido em dois grupos:
- Gerenciamento de riscos de roubos (GRIS): direcionado para a proteção da carga, envolve seguros facultativos, investimentos (sistemas de rastreamento e monitoramento), custos operacionais do gerenciamento de riscos (escoltas);
- Gestão de Riscos de Acidentes e Avarias (GRAA): também conhecido como frete valor, envolve custos com seguros em geral, prêmios de RCTRC, além de indenizações por danos, perdas e extravios não vinculados aos seguros.
Custos administrativos
Estão ligados ao transporte de cargas, mas são essenciais para o funcionamento da transportadora. Entre eles estão:
- custos para a existência do negócio: contas de água, eletricidade, luz, telefone, internet, tributos (imposto predial), aluguel, manutenção das dependências;
- folhas de pagamento: salários de colaboradores de departamentos que não estão diretamente envolvidos com a movimentação de cargas, como administrativo, comercial, vendas, financeiro, contábil etc.
Custos relacionados à coleta, transferência e entrega
São divididos em duas categorias e correspondem aos gastos diretos com o transporte de cargas.
Custos fixos
Não dependem da distância percorrida e ocorrem mesmo com os caminhões parados. Veja alguns exemplos:
- salários e demais benefícios do caminhoneiro;
- depreciação dos veículos;
- licenciamento;
- IPVA;
- seguro auto;
- seguro DPVAT;
- reposição de peças, equipamentos e novos caminhões;
- revisões periódicas programadas.
Custos variáveis
São todos os gastos que oscilam conforme a quilometragem rodada pelos veículos pesados. Os mais comuns são:
- combustível;
- fluidos e lubrificantes;
- pneus;
- pedágios;
- manutenções não programadas (intervenções corretivas).
Custos adicionais
Esses custos dependem da característica da carga e da complexidade da operação a ser realizada. Seu objetivo é garantir a segurança e eficiência na execução dos serviços. Os exemplo são:
- armazenagem: quando a carga deve ser acondicionada além do período previsto;
- cubagem: para mercadorias que apresentam pouco peso e alto volume, lotando o espaço da carroceria sem atingir o limite de peso;
- devolução da carga: quando o produto é devolvido ao contratante;
- dificuldade de entrega: quando o destino é de difícil acesso ou impede a circulação do caminhão;
- escolta armada: caso em que os produtos apresentam valor elevado ou são mais visados por criminosos;
- reentrega: quando é preciso fazer mais de uma tentativa de entrega.
Conhecer os principais custos do transporte rodoviário é indispensável para otimizar a gestão financeira da transportadora, precificar fretes e até mesmo melhorar a competitividade do mercado frotista. Vale muito a pena acompanhar essa demanda, já que alguns gastos estão sempre sofrendo reajustes. Economia é a chave para o sucesso de uma empresa — pense nela com rigor.
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