Colheitadeira autônoma: como escolher o melhor tipo para a plantação?

Saiba tudo sobre a colheitadeira autônoma: tipos, benefícios, capacidade produtiva, preços de mercado e como escolher a ideal.
  • Atualizado em 5 de janeiro de 2024
  • Publicado em 5 de janeiro de 2024
  • Vida no Campo

Se uma máquina de colher plantas, grãos e frutos já agiliza o trabalho no campo, imagina o poder que uma colheitadeira autônoma oferece ao produtor! E não apenas por facilitar o trabalho do motorista, mas por fornecer maior precisão, velocidade e eficiência, com acompanhamento de métricas e dados em tempo real.

E não estamos falando do futuro: já existem muitas máquinas autônomas no mercado, como tratores e pulverizadores. Algumas delas, nem possuem cabine e o controle é feito totalmente por meio de um celular ou tablet.

A chamada agricultura digital já é realidade e, quem não se adaptar, vai ficar para trás.

Projeções feitas pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), em parceria com o Senai e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), revelaram que é faltará cerca de 148 mil profissionais qualificados em tecnologia no setor agropecuário ao longo dos próximos dez anos.

Ou seja: o setor está mudando e demandando evolução profissional no mercado. Mas, como se adaptar à inovação tecnológica?

Para dar o primeiro passo, explicamos neste post como escolher uma colheitadeira autônoma, quais são seus benefícios, seus principais tipos e valores de mercado. Boa leitura!

Quais os benefícios da colheitadeira autônoma?

Os principais benefícios são aumento da agilidade, potência, eficiência e precisão, eliminando erros e desperdícios; envio de dados precisos para o sistema inteligente; possibilidade de acesso remoto e acompanhamento da colheita em tempo real, podendo realizar ajustes; maior produtividade e capacidade operacional; e redução de custos.

Ou seja: essa máquina autônoma promove a alta produtividade e o aumento da produção, além de fornecer dados valiosos para o produtor melhorar ainda mais os processos operacionais.

Por exemplo, Flávio Dojas, especialista de produto e mercado da John Deere, afirmou que a colheitadeira S790, a maior máquina do portfólio da marca, aumenta aproximadamente 28% a produtividade, o rendimento e a capacidade operacional da propriedade.

As máquinas automatizadas possuem inteligência própria que prioriza a maior eficiência no trabalho, realizando até auto ajustes. E o melhor: há como medir a quantidade produzida pela colheitadeira devido ao seus sensores de cargas localizados dentro do tanque.

Logo, ela elimina a tarefa repetitiva do produtor em conferir os sensores de produtividade, umidade e temperatura. A máquina envia tudo pelo seu sistema automatizado.

E se a colheitadeira for 100% autônoma, ou seja, trabalha sem intervenção humana, a colheita é feita apenas pelo tablet ou celular, sem precisar enviar trabalhadores diretamente ao campo.

Quais são os tipos de colheitadeiras autônomas?

Os principais tipos de colheitadeiras são: automotriz, de arrasto e montada. Mas, no caso da autônoma, só existe a automotriz. Ela também é classificada pelo tipo de cultura (tipo de planta e o tamanho do grão) e sistema de trilha, que se divide em radial e em axial.

Confira quais são os tipos de colheitadeiras autônomas em mais detalhes.

Classificação por funcionamento

Automotriz

As colheitadeiras automotrizes são independentes, movimentando-se por meio de um sistema próprio de propulsão, e realizam a operação de forma autônoma: corte, recolhimento e trilhas das plantas e ainda de limpeza e acondicionamento dos grãos.

De arrasto

As colheitadeiras de arrasto são puxadas por um trator ou possuem motor auxiliar para funcionarem.

Montadas

As colheitadeiras montadas só funcionam com a ajuda de um trator, pois não têm motor próprio.

Classificação por tipo de cultura

Há colheitadeiras para cada tipo de plantação, como frutos (café), plantas inteiras (cana-de-açúcar e forragem), algodão, grãos e cereais. Elas são elaboradas com um sistema montado especialmente para colher o tipo da planta e o tamanho do grão ou fruto.

Mas, não há como indicar um tipo para cada produção, porque elas podem ser adaptadas para funcionarem bem em várias culturas.

As adaptações são variadas e incluem, por exemplo, instalação de outros tipos de cabeçote, rolo giratório e barra de corte.

Classificação por sistema de trilha

Dentro de cada classificação por funcionamento e tipo de cultura, a colheitadeira pode ainda ser elaborada com dois tipos básicos de trilha:

  • sistema radial: quando a planta passa só uma vez pelo sistema fixo e móvel;
  • sistema axial: quando a planta passa várias vezes entre o sistema de rotor (móvel) e cilindro separador.

Leia também: Colheitadeira: por que vale a pena investir em uma?

Quantos hectares uma colheitadeira autônoma faz por dia?

A resposta é: depende. Para saber quantos hectares uma colheitadeira autônoma faz por dia é preciso avaliar a marca e o modelo para entender sua capacidade operacional. Por exemplo, a colheitadeira H 9700, criada pela China, é capaz de colher 500 hectares de arroz em 8 a 10 horas.

Mas, é claro que esse número é exorbitante e a maior parte das máquinas à venda no mercado não chegam ao tamanho da colheitadeira robô desenvolvida pelos chineses.

Por exemplo, as novas linhas Axial-Flow 150 e 250 da Case IH oferecem sistemas inteligentes. A Axial-Flow Série 250 pode ganhar funcionalidades autônomas, que permitem que 9 configurações sejam controladas pelo operador.

Além disso, fornece condições agronômicas e do solo. Ela tem capacidade de oferecer até 1.800 intervenções por dia durante a colheita.

Já a colheitadeira da Série 230, também da Case IH, é voltada para a colheita de milho, colhendo mais do que 220 sacas por hectare.

Para ter uma noção da diferença de produtividade, as colheitadeiras não autônomas de soja, colhem aproximadamente três hectares por hora. Já a de milho, cerca de dois hectares/hora.

Como escolher uma colheitadeira autônoma?

Há como escolher uma colheitadeira autônoma seguindo um passo a passo: obter o tamanho e o relevo do terreno; conhecer o tipo de solo; definir as culturas que serão produzidas; entender o preço do produto no mercado; verificar a sua capacidade de investimento, entre outros.

Ou seja, antes de começar a procurar a colheitadeira ideal para sua propriedade, é necessário se atentar a diversos aspectos para então definir qual será a capacidade produtiva da máquina, tecnologias acopladas, a marca e o modelo dela.

Citamos mais alguns fatores:

  • custo da hora de trabalho;
  • características da propriedade, como declividade, facilidade de acesso e locais de armazenamento;
  • tamanho do espaço destinado às máquinas agrícolas.

Já quando for analisar a colheitadeira, compare as suas necessidades com suas características de:

  • consumo de combustível e/ou energia;
  • tempo de manutenção;
  • qualidade e reconhecimento da marca no mercado;
  • funcionalidades extras;
  • redução de desperdício;
  • velocidade e potência;
  • valor da máquina e seu custo-benefício;
  • depreciação da colheitadeira;
  • culturas que podem ser colhidas e formas de adaptações para outras plantações;
  • capacidade de colheita;
  • a qualidade da conectividade da colheitadeira com o celular/tablet.

Saiba mais: Entenda a importância de fazer manutenção de maquinas agrícolas e como ela deve ser feita!

Qual o valor de uma colheitadeira autônoma em 2023?

O valor de uma colheitadeira autônoma em 2023 varia bastante de acordo com a marca e o modelo e ainda pela cotação do dólar e pelo imposto estadual cobrado. Seu preço costuma ficar entre R$1 a 4 milhões, dependendo de seu tamanho e sua potência.

Outra diferença que pode haver é se a colheitadeira é usada ou nova.

Vamos a exemplos reais? A Massey Ferguson 9895, maior e mais potente colheitadeira da empresa no país, custa, em média, R$3,5 milhões. A Case IH possui um modelo com sistema de automação e 16 sensores que sai por volta de R$4 milhões.

Como comprar uma colheitadeira autônoma?

Há como comprar uma colheitadeira moderna de forma que não pese no bolso do produtor e entre para o seu planejamento a médio e longo prazo: pelo consórcio de máquinas agrícolas pesadas John Deere.

As vantagens de participar de um autofinanciamento são:

  • ausência da taxa de juros, apenas as administrativas que são diluídas pelos meses de vigência do plano;
  • correção dos valores anual para acompanhar o valor do bem;
  • previsibilidade financeira;
  • maior poder de negociação pelo pagamento à vista na hora de receber sua carta de crédito;
  • possibilidade de investir em máquinas e implementos modernos e eficientes, como a colheitadeira autônoma.

E o melhor é que o consórcio John Deere oferece várias colheitadeiras autônomas de última geração, com sistemas projetados para proporcionar o máximo de produtividade e qualidade na colheita.

Saiba mais sobre como funciona um consórcio e veja como ele promove o crescimento do seu negócio!
As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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